Conheça os sinais e sintomas da miastenia

Sintomas Postado em 26/12/2022

A miastenia é uma doença rara que afeta cerca de 20 a cada 100 mil pessoas no mundo. Ela ocorre pela falha de comunicação entre os nervos e os músculos, provocando fadiga e fraqueza muscular em diversas regiões do corpo. Assim, funções como abrir e fechar os olhos, andar, falar, engolir e até mesmo respirar podem ficar comprometidas. Continue a leitura para saber mais sobre os sinais e sintomas da miastenia e outros aspectos da doença.

  • O que causa a miastenia?
  • Quais são os principais sinais e sintomas da miastenia gravis?
  • Quais são os sinais e sintomas da miastenia congênita?
  • Como é o diagnóstico de miastenia?
  • A miastenia tem tratamento?

O que causa a miastenia?

A miastenia pode ser congênita ou adquirida. A forma congênita é consequência de um distúrbio hereditário, em que um ou mais genes são alterados desde a concepção do bebê, afetando a junção entre o nervo e o músculo.

Já a miastenia gravis, ou adquirida, é uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico produz anticorpos que acometem as conexões entre os nervos e os músculos, causando distúrbios na transmissão do impulso nervoso na junção entre essas estruturas.

Há indícios, também, de uma conexão entre a miastenia gravis e problemas no timo. A glândula, presente na parte superior do tórax, compõe o sistema linfático e é responsável pela produção de glóbulos brancos, fundamentais para manter a imunidade e combater infecções. Uma a cada 10 pessoas diagnosticadas com miastenia gravis apresentam tumores, malignos ou benignos, no timo.

Quais são os principais sinais e sintomas da miastenia gravis?

Os sintomas de miastenia gravis costumam se manifestar na fase adulta. O principal deles é a fraqueza muscular, que pode surgir de forma repentina. No entanto, as primeiras manifestações da doença costumam ser transitórias e podem sumir por meses. Outros sinais e sintomas de miastenia gravis incluem:

  • Fraqueza dos membros e dificuldade para caminhar;
  • Fadiga após exercícios ou movimentos repetitivos;
  • Pálpebras caídas (ptose); 
  • Visão dupla;
  • Fraqueza da musculatura da face;
  • Dificuldade para articular as palavras;
  • Voz anasalada;
  • Dificuldade para mastigar e engolir;
  • Dificuldade para mexer o pescoço ou até mesmo segurar a cabeça.
  • Em casos mais graves, há falta de ar e problemas respiratórios.

Com base nos sintomas apresentados pela pessoa, a miastenia gravis pode ser classificada em:

Miastenia gravis generalizada – diversas regiões do corpo são afetadas. A sensação de fraqueza muscular e cansaço tendem a aumentar consideravelmente durante a movimentação do corpo. A fadiga pode aparecer no decorrer de uma simples caminhada. Também é comum que os sintomas melhorem ao final do dia, quando a pessoa está em repouso.

Miastenia gravis ocular – afeta prioritariamente os músculos em volta dos olhos, enfraquecendo o movimento das pálpebras, que permanecem mais fechadas do que abertas. Mais da metade dos pacientes apresentam sintomas oculares e destes, a metade permanece apenas com estes sintomas.

Quais são os sinais e sintomas da miastenia congênita?

A miastenia gravis e a miastenia congênita possuem sintomas semelhantes, como fraqueza muscular e fadiga. Mas, como a forma congênita frequentemente começa a se manifestar nos primeiros anos de vida, existem sinais distintos:

  • Redução de movimentos do feto ainda no útero ou do bebê após o nascimento;
  • Choro fraco;
  • Dificuldade para sugar e engolir durante a amamentação;
  • Reflexos lentos,
  • Demora para aprender a engatinhar e ficar sentado;
  • Dificuldades em atividades do dia a dia ou que exijam esforço físico;
  • Infecções respiratórias frequentes;
  • Pouca expressão facial.

Como é o diagnóstico de miastenia?

O diagnóstico da miastenia considera o relato de sintomas pelo paciente, além de alguns testes físicos e exames. Entre eles estão:

Exames de imagem – ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada costumam ser solicitadas pelos médicos para identificar problemas no timo, já que existe a relação da glândula com a doença.

Eletromiograma (EMG) – o exame faz a medição da atividade elétrica dos nervos e dos músculos para detectar possíveis falhas de comunicação entre eles.

Teste de bolsa de gelo – no caso de pálpebras caídas, o médico leva o paciente a um ambiente escuro e coloca uma bolsa de gelo sobre os olhos dele. Se após alguns minutos o problema melhorar, há indícios de miastenia.

Testes de anticorpos – examina os níveis de anticorpos do receptor de acetilcolina no sangue, que é elevado em 85% dos pacientes com miastenia.

Também é comum a realização de exames para descartar outras condições que apresenta manifestações semelhantes à miastenia, como esclerose lateral amiotrófica (ELA), lesões intracranianas e no tronco encefálico e distrofia oculofaríngea.

A miastenia tem tratamento?

A miastenia é uma doença incurável, mas os tratamentos disponíveis ajudam a aliviar os sintomas. Entre eles estão:

Uso de medicamentos – imunossupressores, como corticosteroides, ajudam a reduzir a inflamação e a produção anormal de anticorpos. Também podem ser utilizados a utilização de inibidores da colinesterase (anticolinesterase) que provocam o aumento de sinais entre os nervos e os músculos, fundamental para diminuir a fadiga.

Anticorpos monoclonais – o procedimento envolve infusões intravenosas de proteínas biologicamente modificadas, para suprimir o sistema imunológico hiperativo, ou seja, o aumento da produção de anticorpos.

Imunoglobulina intravenosa – nesse caso, o paciente é submetido a infusões de anticorpos de um doador pelo período de dois a cinco dias. Esse procedimento é indicado nos casos de crise miastênica, quando há uma piora súbita dos sintomas.

Troca de plasma (plasmaférese) – o procedimento consiste na remoção dos anticorpos anormais do sangue.

Cirurgia no timo – consiste na remoção da glândula do timo. Mesmo na ausência de problemas na glândula, os sintomas de miastenia costumam melhorar com a cirurgia. O procedimento deve ser amplamente discutido com o médico.

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Referências


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